Iaiiii galera!!!! Beleza?
Antes de mais nada, já postei em outros lugares mas nunca aqui... Um vídeozinho de um pequeno espirro rs:
Foi mal aí por passar muito tempo sem escrever... Me mudei para um apartamento, então não tenho mais como ir na garagem e largar a moto descontada por dias pra fazer minhas experiências! Isso deixou tudo mais lento rs... Fora a grana né... tive que mudar os investimentos para compra de geladeira, fogão e afins...
Massssss, como o mundo continua girando, o projeto tb não para!!! Então vamos lá
Atualizar o blog dá trabalho, então qse sempre vou postando coisas lá no grupo da Ninja 250 no Facebook mesmo, então, quem acompanha por lá, vai acabar não vendo muita novidade no post de hoje.
A moto está montada e rodando! Já fui de SP até Bragança Paulista duas vezes, até Atibaia umas 4x... E diversos passeios na cidade... Mas tudo isso pra tentar afinar o mapa de injeção...
Não é um treco fácil!!!! E depois de montada, tive que mudar muitas coisas na injeção... refrigeração e lubrificação que vão mostrando necessidades de melhorias...
Cheguei a andar na moto com a injeção original, obviamente, ela fica com a mistura rica (muito combustível em relação ao ar) em baixas rotações, porque a turbina atrapalha o fluxo em baixas rotações... em média ela funciona bem... e em alta fica pobre.... Exatamente como o esperado. Então vamos aos ajustes!
Para a injeção, estou usando um Power Commander V com ajuste de combustível e ignição. Apliquei o sinal do MAP (sensor de pressão absoluta) ao sinal analógico de leitura do PCV e também o sinal de velocidade (sim, a ninja 250 tem um sensor de velocidade, mas usa cabo pro velocímetro.. vai entender), esse segundo com o objetivo de fazer ajuste por marcha mais tarde.
Liguei um Autotune no PCV, ele faz a leitura dos gases com uma sonda lambda wideband e "sugere" correções para faixas de queima que você determinou..
"-Pô Deivid, entendi merda nenhuma! Explica direito!"
Foi mals... Vou regular com o Power Commander usando a pressão como referência!
Mas e então?! Qual o problema?
Bom... para entender a questão é primeiro necessário entender o que é pressão relativa e pressão absoluta.... Sem delongas, se estivermos ao nível do mar, estamos a 1bar de pressão rs.. Sim! Estamos pressurizados... no espaço temos vacuo absoluto que é 0bar ou 0psi.... E ao nível do mar estamos a 1atmosfera = 1bar = 14,7psi... Ou seja, quando colocamos 1kg de "turbo" e no reloginho aparece 1kg... na verdade estamos colocando 2kg em pressão absoluta! Sacou?
Até aí beleza... Mas dane-se... pq isso é um problema?
Não é um problema, o problema na verdade é que a Ninja 250R foi feita para aspirar ar.. e não para impulsionar ar... logo, o sensor MAP dela , lê no maximo 1bar absoluto... pra ser exato 1.25 bar ele até lê (1 atmosfera +0,25atm)... Eu preciso de um que leia minimamente 2bar (1atm +1 pressão turbo).
E porque isso é necessário?
Bom... se vc tem o PCV, os mapas que vc costuma ver são baseados em RPM x % de abertura de borboleta... Isso não é bom pro turbo, porque vc pode estar acelerando tudo e estar na "fase aspirada", ou seja, estar antes do turbo encher.... ou pode estar na fase pressurizada e com o acelerador na metade... enfim! O melhor é ajustar por pressão!.
Pra quem manja um pouquinho de inglês, tem esse vídeo da Dynojet dando um tapa na explicação de pressão absoluta e mapa por pressão:
Tá, mas e ai... o que eu faço?
Troco o MAP... massss....
Aqui nos BR, os MAP que me servem são MUIIITO caros... o mais baratinho é o do Jetta que no mercado paralelo é 150 reais, mas não serve para conexão por mangueira como eu estou precisando... Enfim... aqui no BR tudo caro.. Maaaaassssss, nos China... 28 reais... pode? rsrsrs
Encomendei... esperei...esperei...esperei e chegou!
Legal, instalei o MAP novo no LUGAR do MAP original... cagou todo o mapa como era de se esperar... fiz um ajuste grosso e sai pro role....
E..... PQP mesmo problema!!!!
Pensa... pensa... pensa....
Decidi colocar o MAP novo só ligado ao PCV e o MAP velho na injeção original..... assim leria pressões positivas pro PCV e a injeção original não reclamaria....
Só que dá o mesmo problema acima dos 10..11mil RPM... Corta tudo.....
Estuda... pensa... pergunta... olha aqui, olha alí....
Tem que instalar um clâmper! É um treco que engana a central da moto fingindo que a pressão nunca ta positiva, enquanto o PCV usa a leitura do MAP de 3 Bar pra fazer o trampo!
Uhullll ! Deu certo!... Não acende mais... a rotação sobe!!! Agora só ajustar!!!! (Achei)...
Aí beleza... Notebook na mochila, vamos sair pra pegar a estrada e adquirir dados!!!!!
Legal, sai... andei na cidade, fazendo mais ciclo aspirado... de boas... peguei a estrada!!
Andei até o pé da serra, parei, coletei dados e retrabalhei o mapa no posto mesmo.. Rapidinho!
Legal! Pressão subindo até 0,5kg tinha umas falhas e tal.. mas dava pra sentir força!.. Só que... ESQUENTANDO... pertinho do vermelho...... pqp...
Para, esfria, revê mapa, etc etc etc.........
Li a temperatura do motor com um pirômetro de bolso, e estava tudo bem... Percebi que a maior parte da cagada estava em ter colocado o retorno da água da turbina muito perto do sensor da temperatura da água!, Aí ela acha que está sempre quente e ainda por cima deixa a ventoinha ligada qse que direto e baixa a eficiência do radiador.... Anotei isso na mente e prossegui!....
Anda.. para... mapeia.... Ela falha um pouco em alta ainda e esquenta muito, porque tem que ajustar o mapa de ignição (uns lances de pré ignição etc etc etc... é bem chatinho) É o lance da galera insistir que tem q por álcool pra rodar no turbo.. mas esqueçam isso ai... não é exatamente isso nao, depois explico!
Mesmo assim, sem chegar no corte, naquela subida da Fernão Dias onde tem o Graal após o pedágio, deu 180km/h de peito aberto (no painel)... Realmente bem forte, e ainda desajustada! Gostei!
Legal...
Ai fiz alguns outros rolês pra ajustar mais o mapa.... e a ventoinha queimou.... Droga... Também, fiquei andando mesmo sabendo que ela estava praticamente direto.... Ok vai... comprei outra... e fiz mais correções:
Coloquei um radiador de CB300, só que passando água ao invés de óleo, para ajudar a refrigerar a água q sai da turbina antes de ir pro sensor... troquei a ventoinha queimada e fiz um "sifão" com aéroquipe, para evitar que o óleo do radiador esvazie com a moto desligada... (quando eu ligo, a moto fica num "tec tec" até o radiador encher)....
Nisso, a moto ficou parada um tempão, fodeu a bateria rs... Preciso de uma nova.....
Andei após as correções, ao menos na cidade ela não esquenta mais... em alta esquenta um pouco, preciso rever o mapa de ignição... mas pra ficar bom mesmo, comprei um Knock Metter (um treco q lê as detonações e marca se tá "grilando") ... tipo um super ouvido..... Pra instalar, vou precisar fazer um acesso nas camisas... Vamos ver nos próximos capítulos!
Maaaassss.... ainda tenho dois problemas pra corrigir....
A turbina fumaça as vezes... Isso porque o retorno está muito perto do nível do óleo... fisicamente não tinha muito jeito... então dependendo de como paro, sobra óleo na caixa da turbina que depois vira fumaça..
Tô pensando em transformar em cárter seco... por uma bomba elétrica pra turbina e separar o óleo do motor... Isso ajudaria tb a moto a andar mais fria (menos quente) e talvez eu até possa matar o terceiro radiador....
Outra correção é que a turbina não está enchendo além dos 0,5kg... Isso pode ser por o mapa não estar liso e ai tá falhando na alta, ou por restrição da entrada.. Pra descobrir é fácil, andar com a turbina sem o filtro já vai dar uma ideia....
Tenho sentido MUITA falta de um dinamômetro... ainda com ideia maluca de montar um...
Tô tendendo a trocar a injeção toda da moto por uma FuelTech também.. mas o investimento é alto... No mínimo uma FT300.... mas queria que fizesse ajuste em malha fechada tb... então tem que ser a FT400... é uma bica..... Deixa pro futuro! (quem sabe)
É isso ai galera, desculpem não atualizar sempre... Mas é mudança, mobiliar AP, trabalho, falta de grana.... E também tenho que transar né, NERD moderno também transa! uhahuahuahu
Vlw! Até a próxima!